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terça-feira, 4 de outubro de 2011

Cultura gaúcha

Toda a cultura gaúcha está embasada no cavalo. Até na sua filosofia de vida abundam as comparações com esse animal. Quando o gaúcho quer dar um exemplo de precaução, diz: “Nunca boleie a perna em rancho estranho sem dar o ‘Ó de casa!”. Significa não apear do cavalo sem que primeiro apareça alguma pessoa da morada. É para essa pessoa acalmar os cachorros. Outro exemplo: “Ao começar a encilhar um cavalo, a primeira peça dos arreios que se põe é o freio”. O cavalo enfrenado, em caso de urgência está em condições de ser montado em pêlo, mas, se estiver só encilhado, sem o freio, não serve para nada. Mais um: “Não fique diante dos bois, atrás dos cavalos, nem perto dos superiores”. Os bois dão chifradas; os cavalos, coices e os superiores, puxões de orelhas.
Esse amor ao cavalo explica porque ele não é consumido como alimento. Nem os bárbaros de Átila comiam carne de cavalo. Ninguém come um amigo! Seria quase um canibalismo.
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A Etologia, a ciência que estuda o comportamento animal, nasceu da observação do cão e do cavalo. Não é como a Anatomia e a Fisiologia que nasceram de porcos, ratos e rãs, tão pobres nas suas manifestações corticais baseadas, principalmente, nos reflexos condicionados. A Etologia serviu para nos conhecermos melhor. Descobrimos que temos muito mais de cachorro e cavalo do que de sapo.
A grande maioria dos conselhos gaúchos estão relacionados com o cavalo, seu comportamento ou afins: lidas campeiras, arreios. Aqui vão alguns, colhidos do livro Mala de poncho, de Raul Annes Gonçalves:
“Praga de urubu não mata cavalo gordo.”
“Desconfiado como bagual torto.” (Cego de um olho)
“No mover dos cascos.” (Resolver agir logo, no ato)
“Perder os estribos.” (Perder o controle)
“Dar um sofrenaço.” (Puxar, de golpe, o freio; repreender duramente)
“Dar a mão.” (Se deixar pegar, referência do cavalo no potreiro)
“Trocar orelha.” (Estar alerta ou desconfiado)

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